Voleibol não exige altura

Todos sabem que estamos no período da realização dos Jogos Olímpicos, que desta vez estão ocorrendo em Londres. Nesse período as pessoas ficam mais próximas dos esportes, procuram saber mais sobre alguns deles e, muitas vezes, acabam tendo contato com esportes que nem sabiam que existiam ou que faziam parte dos esportes olímpicos. Pois bem, quem viu hoje o jogo das semi-finais do voleibol feminino entre Brasil e Japão se deparou com uma situação curiosa. Estamos acostumados a associar o voleibol a grande estatura dos jogadores, muitos deles bem próximos dos 2,00m de altura, alguns até ultrapassando essa medida. Não foi isso que vimos na seleção japonesa de voleibol feminino, cuja media de estatura fica em 1,75m e algumas jogadoras como a líbero e a levantadora ficam abaixo dos 1,70m. Curioso como uma seleção com essa média de altura tenha condições de disputar os Jogos e ainda mais de disputar uma semi-final, desbancando a seleção chinesa que tem uma média de estatura maior e que havia perdido para o Brasil por 3x2 num jogo extremamente disputado.
No voleibol atual nós acostumamos a ver alguns jogadores com uma estatura menor, porém esses são os líberos que não podem atacar, só podem defender (recepcionar), levantar ou passar a bola para o lado adversário de toque. Quando vemos um time com jogadoras que são não têm uma estatura tão alta, como é o caso das japonesas, naturalmente estranhamos. Mas é interessante observar que a falta de altura é compensada pela grande agilidade, precisão no passe, posicionamento e grande inteligência na hora de atacar colocando bem a bola e explorando o bloqueio adversário. É interessante observar também que essas jogadoras treinam varias horas e durante um período muito longo de tempo, isso lhes possibilita ter técnica suficiente para chegar onde chegaram no meio de tantos times com estatura muito maior.

O que isso tudo vem mostrar? Vem mostrar que o voleibol não é um esporte só para os "altos" e que mesmo no esporte de alto rendimento exitem as exceções e uma prova disso é a seleção japonesa de voleibol feminino, que mesmo perdendo o jogo hoje por 3x0 mostrou que é perfeitamente possível compensar a falta de altura com outras habilidades.

Portanto, se você adora esse esporte mas acha que não pode jogar porque não tem altura suficiente, tente expandir seu ponto de vista, enxergue as outras possibilidades, se concentre em outras habilidades, se inspire nas japonesas, mas não desista de praticar um esporte que você gosta. Acima de tudo jogue o jogo e divirta-se, afinal o objetivo do esporte enquanto prática corporal é esse.



Já você que é professor promova o voleibol para aqueles que se julgam incapazes de jogá-lo, mostre as diversas possibilidades (volensol, volei sentado, mini voleibol, etc...) garanto que seus alunos vão adorar saber que podem ter acesso a essa ótima prática corporal.

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Comentários

  1. Adorei o post. Tenho um filha de 10 anos, que joga vôlei desde 6 anos. Não é porque é minha filha, mas ela joga muito. O problema é que como eu e meu marido somos baixinhos, ela não crescerá muito. Mas como vc falou, ela compensa a altura com a agilidade. Não tem bola perdida pra ela.

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  2. Isso mesmo, "Vôlei"! Primeiramente muito obrigado pelo seu comentário, é de grande valia para todos nós. Estamos mais uma vez bem próximos do período Olímpico e estamos vendo que o voleibol vem ganhando cada vez mais espaço no nosso país em comparação ao futebol, por exemplo, que é tido como o esporte nacional. Vemos muitas jogadoras "baixinhas" fazendo sucesso nos campeonatos de volei nacionais e internacionais também. Temos uma jogadora no SESI-SP, Suelen Pinto, que, além de "baixinha" ainda é considerada acima do peso por muitos, e é uma excelente líbera. Portanto, siga sempre assim, incentivando sua filha e se fazendo presente na vida dela, a família é o maior bem do(a) atleta, estar acompanhado(a) por pessoas que realmente se importam com ele é essencial! Parabéns pelos pais que você e seu marido são! A filha de vocês tem muita sorte! Abraços!

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